
Doenças graves são preocupação de latinoamericanos
Doenças graves e cuidados a longo prazo são as preocupações mais importantes para a população de seis países da América Latina. Segundo a pesquisa “Client Survey”, realizada pela Swiss Re e divulgada em São Paulo. O objetivo da pesquisa, focada nos seguros existentes nestes mercados, era avaliar os motivos pelos quais as pessoas não adquirem seguro de vida.
De acordo com o levantamento, mais de 30% dos entrevistados relatam preocupação em não poder cuidar de si mesmo ao ter doença no futuro. Para os latinoamericanos, família e amigos tendem a ser fonte relevante de proteção, diferente da Europa.
44% da população no Brasil não têm nenhum tipo de seguro. Da parcela da sociedade que possui proteção securitária, 28% têm cobertura de morte.
O maior motivo para não adquirir seguro, segundo os entrevistados, é o preço, considerado caro. Outros motivos apontados foram “não pensei no assunto” e “não confio em seguradoras”. “As respostas dão uma ideia das razões pelas quais as pessoas não compram seguro de vida”, revelou o executivo.
10% dos entrevistados ainda responderam que “não precisam comprar seguro de vida” ou “já têm outro tipo de proteção”.
Internet é a fonte mais frequente para coleta de informações, especialmente quando esta é buscada pelos jovens. Mas família e amigos são as fontes de informação mais confiáveis quando o assunto é se seguradora é boa ou não. “Bancos também são fontes de informações e canal de distribuição confiáveis no Brasil, ao contrário de outros países na América Latina”, relatou Fatone.
O levantamento mostrou ainda que 56% dos entrevistados afirmam que o preço do seguro é importante, mas preferem adquirir um seguro baseando-se na sua qualidade.
“Como indústria, temos que trabalhar educação e transparência na comunicação com consumidor”, observou o especialista da Swiss Re. Na sua análise, deve criar-se um link entre a indústria de seguros e as novas formas de comunicação, como as redes sociais, para alcançar a parcela da população que ainda não tem proteção securitária. “Como distribuir seguros pela internet e facilitar a aquisição?”, questionou Fatone. Uma das formas pode ser combinando o corretor com a internet.
Além disso, a pesquisa ainda mostra que Chile e Porto Rico possuem o maior nível de proteção de vida. Este seguro é o mais comumente contratado nos países pesquisados.
Segundo produto mais comum nas famílias, a cobertura para doenças graves é adquirida por 10% dos brasileiros.
O terceiro produto mais comum entre os países pesquisados na América Latina é o seguro saúde. “Observamos que conforme aumenta o nível social dos indivíduos, maior é o nível de proteção contratada”, disse Fatone. De acordo com o especialista, quem já tem seguro enxerga o risco e pensa em obter mais seguros.
Fonte: Revista Apólice